Ao brilhar nos pés de Tony Hawk, Pedro Barros e Rayssa Leal, o skate foi de símbolo de marginalidade à modalidade olímpica
Uma prancha de madeira ou acrílico chamada de shape, com quatro rodas pequenas ligadas por uma pequena ponte de metal, o truck. Além de meio de transporte, é usado na prática de esporte de rua e em competições. Disponível nos modelos street, longboard e cruiser, brilhou nos pés de atletas como Tony Hawk, Bob Burnquist, Leticia Bufoni, Pedro Barros e, mais recentemente, Rayssa Leal. Símbolo da cultura de rua, tem história marcada por proibições e, no Brasil, já foi objeto de preconceito contra os praticantes durante décadas. Mas a opressão não conseguiu derrubar a sua cultura e o skate acabou virando tema de videogames; acessório de personagens famosos, como Bart Simpson; e em 2020, pela primeira vez, modalidade nas Olimpíadas no Japão.
Em 1918, nos Estados Unidos, um garoto resolveu desfazer o patins da irmã. Doc Ball retirou as rodas do sapato e as acoplou em um molde de madeira produzido por ele. A ideia dele não era ficar de pé – Doc se apoiava na invenção com um joelho e dava o impulso com o outro pé. Foi só no final dos anos 50 que os usuários passaram a se equilibrar no skate e nos anos 60 o item se popularizou. Foi quando o surf virou uma febre na Califórnia e os surfistas queriam se divertir em uma prancha quando as ondas não estavam boas, por isso apelidaram o skate de Sidewalk Surf, ou surf de calçada. Antes, os skates eram pesados: além dos shapes grossos de madeira, as rodas eram fabricadas em aço. Foi quando Frank Nasworthy, dono de uma loja de equipamentos de surf, visitou a empresa de plásticos Creative Urethane, propriedade do pai de um amigo. Era 1972 e a empresa havia produzido rodas de poliuretano, um tipo de plástico resistente, para patinadores que não aceitaram muito bem a ideia – as antigas e pesadas rodas de aço aguentavam melhor as altas velocidades no piso de madeira. Nasworthy vendeu a ideia para skatistas e emplacou: os skates ficaram muito mais leves, com cerca de 2,5 quilos, e convenientes para carregar nas mãos. O vendedor acabou criando a primeira loja especializada em skates.
O skate virou hit. Depois das três medalhas de atletas brasileiros nas últimas Olimpíadas, as vendas de itens para skatistas aumentaram 50% no comércio online do país segundo a Neotrust, que monitora vendas pela internet no Brasil. A nova modalidade olímpica popularizou o skate como um esporte divertido para todos os gêneros e que pode ser levado como uma carreira. A competição inspirou novos atletas: crianças e adultos se mostraram mais interessados na modalidade e, em todo o Brasil, escolinhas receberam filas de pais. Além do esporte, o skate também faz bem para o meio ambiente quando encarado como transporte alternativo a carros e motos em distâncias curtas.
Vale para jovens e crescidos, mas é uma opção mais difícil para quem tem limitações de mobilidade. Em todo o caso, equipamentos de segurança são importantes: joelheiras, capacete e cotoveleiras. Os tombos são impossíveis de evitar, especialmente para iniciantes, mas mesmo grandes skatistas se machucam nas pistas e nas ruas. Fica a dica: o melhor é começar com manobras simples. A prancha das ruas é razoavelmente acessível: um skate profissional custa cerca de R$ 400 e a vida útil é bem longa. Comprar um skate de qualidade mediana e trocar as peças por outras melhores quando financeiramente possível também é uma opção.
É possível encontrar skates em lojas de artigos esportivos e algumas grandes redes de produtos variados. Uma opção iniciante está disponível por R$ 104, um semi-profissional por R$ 255, e um profissional por R$ 329.
Isabelle Moreira Lima Encha a taça com o líquido do além mar
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