RENAULT DUSTER COM NOVO MOTOR, NO USO (COM VÍDEO) – Autoentusiastas

2022-08-13 04:45:24 By : Mr. calvin xu

Motor 1,3 TCe no seu compartimento (Fotos. captação e edição de vídeo: Márcio Salvo

Esta matéria pode ser considerada complemento da de Gerson Borini sobre o novo Duster publicada em 20/6/20, uma vez que a diferença para este Iconic 1,3 TCe resume-se ao motor e ao número de marchas do câmbio CVT XTRONIC, oito em vez de seis.

Depois do Renault Captur receber o novo motor 1,3 TCe em outubro de 2021, nada mais natural ele chegasse ao cofre do motor do Duster. O suve estava mesmo precisando de uma atualização além da pequena ocorrida em 2015, e ela veio em 2020, como segunda geração, conforme a citada matéria do Gerson. A carroceria recebeu mudanças importantes como o para-brisa mais inclinado, que passou de 27,2º em relação à vertical para 30,6º,  e elevação comedida da linha de cintura, sem diminuir tanto a área envidraçada. Seu visual ficou realmente agradável e passou impressão de maior robustez com a linha de cintura mais alta.

O visual do Duster ficou imponente e elegante

O jeito robusto salta à vista, e nada de saídas de escapamento decorativas, ótimo

Com o para-brisa mais inclinado, o coeficiente aerodinâmico (Cx) melhorou 3%, passando de 0,41 para 0,40, pouco, mas é melhor do que se não tivesse mudado. Nesse processo a rigidez torcional ficou 12,5% maior, embora a estrutura do monobloco nunca me parecesse carente nesse aspecto. Desenho frontal atraente tem o traço da marca; há faróis de neblina Faróis são de lâmpadas e há as DRL halogennas e Nada de barras barras laterais entre os grupos ópticos, não precisa

Desenho frontal atraente tem o traço da marca; há faróis de neblina

Faróis são de lâmpadas e há as DRL halogennas e

Nada de barras barras laterais entre os grupos ópticos, não precisa

Outras mudanças importantes foram a adoção assistência elétrica da direção, antes hidráulica, e o volante passar a contar com ajuste de distância em complemento ao de altura. Foi nesse momento de mudanças que deixaram de existir o motor de 2 litros e a tração 4×4. E três nomes de versão Renault, a Zen, a Intense e a Iconic, já utilizados no Sandero e no Logan, foram “doados” ao Duster.

O Duster Iconic 1,3 TCe tem preço público sugerido de R$ 133.990, já com a recente redução das alíquotas do IPI. Quando foi lançado no início de fevereiro seu preço era R$ 135.590.

Antes de continuar, e se preferir, assista ao vídeo:

A grande mudança no Duster é sem nenhuma dúvida o novo motor, resultado da parceria entre a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e a Daimler AG (Mercedes-Benz). Na Renault o código do motor é H5Ht e na Mercedes, M282. À Aliança coube o projeto  do bloco e à Mercedes, o do cabeçote. O motor veio ao mundo em  2018.

Sob rótulo da Aliança é usado nos Dacia Duster, Lodgy e Dokker; Nissan Qashqai e X-Trail; Renault Mégane, Scénic, Captur (inclusive o nacional) Kadjar, Talisman e Arkana, e agora no Renault Duster 1,3 Iconic. Como Mercedes-Benz,  no Classe A, no CLA, nas Classes B e GLB.

É produzido pela Renault nas suas fábricas em Validolid, Espanha, e em  Kölleda, na Alemanha, pela MDC Power GmbH, subsidiária da Daimler AG. A propósito,, desde 1º de fevereiro último a Daimler AG não existe mais, deu lugar ao Mercedes-Benz Group AG.

Seus pontos fortes são as elevadas densidades de potência, 127,6 cv/L,, e de torque, 20,6 m·kgf/L, que resultam em potência de 162/170 cv de 5.500 a 6.000 rpm e 27,6 m·kgf de 1.600 a 3.750 rpm. Para uma ideia do que significa esse torque em rotação tão baixa, nela o motor já entrega 62 cv. Isso eu percebi, como no Captur, ao arrancar normalmente a partir da imobilidade, uma imediata resposta ao movimento do pedal do acelerador, sem nenhuma forma de hesitação ou atraso. Mesmo sem acelerar muito a sensação dessa característica é marcante, como já notado no Captur com este motor. Vale lembrar que o câmbio XTRONIC tem a primeira marcha por engrenagem epicicloidal, o que contribui bastante para esta sensação ao arrancar.

Decoração interna nesta 2ª geração mostra bom gosto

Volante do tamanho certo, inclusive a seção transversal do aro

Tela tátil de 8 pol. bem localizada

Instrumentos principais como devem ser, nada de ffirulas

Graças à boa largura da carroceria, 1.832 mm, cabem três pessoas bem

Além da arquitetura própria de motores de alta eficiência como duplo comando de válvulas, quatro delas por cilindro e injeção direta, uma série de medidas para redução de atrito foram tomadas, todas descritas na minha matéria quando da apresentação do motor 1.3 TCe.

Como o novo motor o Duster subiu um degrau importante, fácil de imaginar por ser mais potente até que o descontinuado 2-litros de 143/148 cv. O Duster ganhou brilho, ficou mais atraente. Ajuda também o câmbio CVT XTRONIC  de 8 marchas muito bem escalonado e de operação impecável, da fabricante Jatco, subsidiária da Nissan, a aliada da Renault. O câmbio tem as oito marchas definidas quando em operação manual e em 8ª Drive proporciona 2.190 rpm a 120 km/h, velocidade verdadeira. A 8ª manual é mais curta do que a 8ª Drive, 0,411:1 x 0,405:1. Por cálculo, a velocidade máxima de 190 km/h é atingida em 5ª a 6.480 rpm. E a aceleração 0-100 km/h é 9,5/9,2 segundos, satisfaz.

A relação de diferencial é minimamente mais longa no Duster, 0,6%, diferença desprezível.  Diferente também os espectros entre os dois suves Renault. de 2,609:1 a 0,378:1 no Captur e 2.467:1 a 0,411:1. no Duster.

Como eu ainda não tinha a ficha técnica completa do Duster Iconic 1.3, solicitei-a à fábrica, na qual consta o consumo de homologação, cidade 10,8/7,7 km/l, estrada 11,5/8,4 km/l. Isso chamou minha atenção, pois no release de lançamento do motor (e do Captur) constava cidade 13,9/9,9 km/l. estrada 16,1/11,7 km/l, números excepcionais. A Renault explicou terem sido usados dados internos, ainda não homologados pelo Denatran e que, portanto, não obedeceram à norma brasileira NBR 7024 praticada pelo Inmetro. Esse é o tipo de erro que nunca poderia ser cometido.

A correção do consumo está  na minha matéria indicada acima como nota de rodapé.

O carro me foi entregue abastecido com álcool e na ida da minha casa em Moema para a curva AE, indo a 100~110 km/h na rodovia Castello Branco devido ao descomunal tráfego, o computador indicou 12,2 km/l, bem melhor que 8,4 km/l. o que é intrigante. Na cidade, com trânsito carregado desses ´últimos dias, obtive em média 7,5 km/l, sempre com álcool.

Com as mudanças impostas pelo Proconve P7 a partir desde ano, com novos limites de emissões evaporativas, o tanque de combustível perdeu 2 litros, agora é de 48 litros, para dar espaço para um um filtro de carvão ativado de maior capacidade na traseira do veículo.

Se como o novo motor o desempenho é superior ao da versão de 2 litros de 143/148 cv, ele se distancia ainda mais da então versão 1.6 SCe de 118/120 cv. Mas não é só questão de desempenho, o Duster está num ponto de evolução tal que dirigi-lo satisfaz bastante. O casamento motor-câmbio é correto, o motor é muito suave. seu ruído invade pouca a cabine e o câmbio funciona como se espera, com trocas rápidas e suaves, seja em modo automático ou manual. O kickdown (acionamento súbito e total do pedal do acelerador para reduzir marcha e retomar velocidade) é dos mais responsivos — aliás, uma característica dos câmbios automáticos modernos, não só deste — ao ponto de efetuar trocas manuais (pela alavanca seletora apenas) ser mais por diletantismo ou quando se quer ou se precisa de freio-motor ao descer uma serra, por exemplo.

Pneus de perfil 60, adequados, medida 215/60R17H

Localização da repetidora de seta imbatível pela melhor visibilidade: para-lama dianteiro

O rodar está com perfeito compromisso conforto-estabilidade e trafegar sobre piso irregular ou esburacado não traz preocupação. ajudado pela conveniente distância livre do solo de 237 mm e pelos pneus de perfil 60 (215/60R17H (estepe temporário estreito 145/90R16M, roda de aço). A direção eletroassistida introduzida em 2020 faz grande diferença em relação à de assistência hidráulica, especialmente manobrando ou em baixa velocidade.

A Renault informa diâmetro mínimo de curva de 10,9 metros, mas parece menos, tanto que a Dacia (fabricante da Renault na Romênia) informa 10,7 metros para o Duster. o que é compatível com os 2.673 mm entre eixos. As três voltas do volante (de Ø 365 mm) entre batentes indicam grande ângulo de esterçamento das rodas.

Protetor do cárter do motor e do câmbio, de aço

Estepe sob o assoalho do porta-malas

Suspensão traseira por eixo de torção

O novo cânister para novo limite de emissões evaporativas

Linhas hidráulicas e elétricas protegidas

Apreciadores de suves ou quem está pensando entrar para o mundo dos utilitários esporte têm no Duster Iconic 1,3 TCe uma boa opção. É espaçoso, tem um bom porta-malas de 475 litros e sua carga útil é de 500 kg, adequada. Seu trem motriz é moderno e eficiente. Uma lida na ficha técnica e na lista de equipamentos permite conhecer os muitos atributos do veiculo., mas nesta é possível constatar que bolsas infláveis só as obrigatórias frontais — até o Kwid as tem nas laterais — e inexistem os auxílios à condução cada vez mais em voga.

(Atualizada em 27/3/22 às 18h00, correção de informação no texto e na ficha técnica, o estepe é temporário estreito e não igual às demais rodas; e adição de fotos da parte inferior

Um dos ícones do jornalismo especializado em veículos. Seu conhecimento sobre o mundo do automóvel é ímpar. História, técnica, fabricação, mercado, esporte; seja qual for o aspecto, sempre é proveitoso ler o que o Bob tem a dizer. Faz avaliações precisas e esclarecedoras de lançamentos, conta interessantes histórias vividas por ele, muitas delas nas pistas, já que foi um bem sucedido piloto profissional por 25 anos, e aborda questões cotidianas sobre o cidadão motorizado. É o editor-chefe e revisor das postagens de todos os editores.

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