Larry Jeffrey, atacante campeão da Stanley Cup de 1967 pelo Toronto Maple Leafs, morreu nesta segunda-feira (18). O ex-jogador é conhecido também por ter superado as previsões médicas e jogar por oito temporadas na NHL.

O atacante teve um histórico de 101 pontos (39 gols e 62 assistências) em 368 jogos de temporada regular. Jogou por Detroit Red Wings, os Maple Leafs e o New York Rangers. Ele contou também com 14 pontos (quatro gols e dez assistências) em 38 jogos dos playoffs.

Jeffrey passou por uma longa lista de lesões e cirurgias no joelho. Quando ele jogava no time afiliado aos Wings em Hamilton, Ontário na temporada de 1960-61, sofreu uma pancada muito grave que não o permitia dobrar o joelho.

“Ele [o joelho] continuou me causando problemas todos os anos depois disso, provavelmente, porque naquela época eles [os médicos] não tinham o equipamento para cuidar de ferimentos graves”, disse Jeffrey, sobre a lesão original, como é citado pelo historiador de hóquei Joe Pelletier.

Um médico chegou a sugerir que Jeffrey provavelmente não voltaria a andar sem assistência, mas o jogador tinha outra ideia em mente.

Ele virou profissional quando jogou por Edmonton na Western Hockey League na temporada de 1961-62 e foi nomeado o novato do ano após marcar 42 pontos (20 gols e 22 assistências) e 80 minutos de penalidade em 48 jogos.

Sua estreia na NHL também aconteceu durante aquela temporada, com os Red Wings, onde participou de 18 jogos. Jeffrey usou diversas joelheiras durante os próximos anos.

Durante a temporada de 1966-67 o atacante participou de 56 jogos com os Leafs e alcançou seu recorde de 28 pontos (11 gols e 17 assistências).

Aos 29 anos, uma lesão que esmagou o joelho de Jeffrey acabou com sua carreira durante um jogo da pré-temporada contra Cleveland. Mesmo com todos dizendo isso sobre o jogador, Jeffrey discordou, mais uma vez, e continuou treinando com os Red Wings durante toda a temporada, porém nunca voltou à ação do jogo.

Durante os próximos oito anos, continuou trabalhando na NHL, dessa vez como olheiro. Optou por deixar a vida do jogo em 1978, quando foi trabalhar com sua família em uma fazenda de 120 acres ao norte de sua cidade natal, Goderich, no Canadá, onde criava cavalos de corrida e gado.

“Todos da nossa comunidade foram tocados, de alguma forma, por Larry Jeffrey e perdemos, eu acho, nosso herói do hóquei”, disse o prefeito de Goderich, John Grace, após a morte do jogador.

Foto: Divulgação/Hockey Hall of Fame

Estudante de jornalismo de São Paulo apaixonada por hóquei. Como boa torcedora do Boston Bruins estou sempre sofrendo com meu time.

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