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Moradores colocaram pé de bananeira para sinalizar 'cratera' na rodovia Fernando Guilhon
Cansados de presenciar acidentes causados por uma 'cratera' aberta no meio da Rodovia Fernando Guilhon, uma das vias de maior movimento do município de Santarém, moradores usaram uma forma inusitada para sinalizar o problema para os condutores: afixaram uma bananeira com frutos dentro do buraco. O protesto em tom de deboche foi feito para chamar atenção da prefeitura municipal. Outras vias da cidade também estão nas mesmas condições e oferecem risco aos motoristas que tentar desviar.
Os moradores que colocaram a bananeira na 'cratera' explicam que tomaram essa atitudepresenciarem vários acidentes no local. Num deles, um motoqueiro que não teve tempo de desviar e caiu da moto e deslocou o ombro. Em outra situação, uma criança que passava de bicicleta caiu e se também machucou. Um segundo buraco, que fica sobre o acostamento, provocou a queda de um idoso que sofreu um trauma no nariz e na boca .
Jorge Luís, que mora próximo do local, contou que o buraco na rodovia Fernando Guilhon já existe há mais de 3 meses. “Os vizinhos colocaram a bananeira para marcar a passagem do tempo. Já que o prefeito não manda ajeitar, o buraco fica aí, mas, agora está sinalizado”, ressaltou. "O pé de bananeira já está dando frutos e a prefeitura ainda não viu. Mas um dia eles vão ver”, enfatizou.
O protesto bem humorado foi parar nas redes sociais e, após a repercussão do fato uma equipe da prefeitura esteve no local para uma visita. Os agentes tentaram retirar a bananeira do buraco, mas os populares não permitiram e a polícia foi acionada.
Ainda segundo Jorge Luís, a polícia entendeu que não se tratava de uma transgressão e, por isso, não havia motivo para retirar a ‘sinalização’ colocada pelos moradores. Os trabalhadores da prefeitura deixaram um cavalete em frente ao pé de bananeira.
O mototaxista Ilton César relatou as dificuldades que os condutores enfrentam para trafegar nas ruas da cidade diariamente. “Os carros tentam desviar dos buracos e, com isso, acabam provocando acidentes, que envolvem principalmente os motoqueiros. No inverno os buracos aumentam mais”, destacou. E contou que já presenciou diversas situações desse tipo.
Para o taxista Almir Rocha Sobreira, que trabalha há 20 anos na praça, outro transtorno que a buraqueira causa aos condutores é o prejuízo com a manutenção dos carros. “Os custos com manutenção acabam ficando muito caros, principalmente no período chuvoso. Em alguns bairros as ruas são muito precárias”, reclamou.
Outro motorista que também se queixou da falta de atenção com a infraestrutura viária foi Ronaldo Batista. Ele relatou que na rua onde mora os buracos estão por toda parte e causam muitos problemas. “É ruim, né? O prefeito não olha pra gente, só quer o nosso voto. Enquanto isso os buracos só se multiplicam e os acidentes não páram de acontecer”, contou.
Até para os pedestres os buracos são um trantorno. Eliane Santos teve um tornozelo torcido por conta de um deles. “Eu estava andando pela rua e caí num buraco. Precisei ficar duas semanas cuidando do tornozelo, que inchou bastante”.
O portal O Liberal.com conversou com o engenheiro civil Hugo Aquino, que confirmou a existência de um grande número de vias que ainda não contam com terraplanagem e nem com asfaltamento no município, o que contribui para danificar a cobertura asfáltica das demais ruas que foram pavimentadas. “Pelo fato de ainda haver muitas ruas não asfaltadas, que têm uma quantidade significativa de areia, os veículos que passam por elas vão espalhando esse material e deixando seu lastro. Essa areia é levada para as vias asfaltadas e, com isso, vão danificando o pavimento”.
Para ele, o ideal seria organizar um cronograma de asfaltamento das ruas no sentido centro-periferia. “Com isso, diminuiria esse problema de termos areia sobre o pavimento que com o tempo vai deteriorando a estrutura asfáltica”, enfatizou.
De acordo com o especialista, existe uma deficiência nas políticas de saneamento do município. “Precisamos de bons projetos de drenagem pluvial. Ainda existe uma quantidade significativa de residências que lançam o esgoto doméstico diretamente nos logradouros em vez dos sumidouros, e também temos uma deficiência na rede de esgotamento, que ainda não está em pleno funcionamento", destacou.
Hugo Aquino esclarece que as casas não estão interligadas e, por conta disso, o esgoto doméstico é lançado no pavimento, danificando as laterais das vias. “Por conta da quantidade significativa de areia que vai para cima da pista começam a se abrir fissuras no pavimento, que vão aumentando de forma que, mesmo as vias que são recém asfaltadas começam a sofrer danos."
Para o engenheiro, faltou um planejamento por parte da Prefeitura para o período do inverno. “Mesmo sabendo que todo o ano temos o período das chuvas, não há um planejamento para conter o impacto que elas trarão às vias já pavimentadas, uma vez que não se tem uma drenagem adequada. Enfim, há uma série de fatores que culminam para essa situação", relatou.
Aquino explica que as operações 'tapa-buraco’, que antecedem o período das chuvas na região, são apenas um paliativo. “Ela é menos onerosa, porém não tem a mesma eficiência e muito menos a mesma eficácia de um trabalho de recuperação que segue o que preconizam as boas técnicas construtivas e a Associação de Normas Técnicas (ABNT).
Para o especialista, o fato é que a correção adequada é mais onerosa, porém, mais segura. "Quando se tem um buraco não basta apenas tapar. O correto é fazer esse trabalho de acordo com as técnicas de recuperação. Precisa esquadrejar o buraco, fazer um tratamento de base e sub-base”, destacou.
A equipe de O Liberal solicitou o posicionamento da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) de Santarém sobre a situação na Rodovia Fernando Guilhon e aguarda retorno.
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